A Forbes Latam e a LLYC impulsionam um relatório sobre empresas multilatinas

A LLYC estabeleceu uma parceria com a Forbes Latam para analisar o novo contexto de um mercado que ambos conhecem bem, a América Latina e as Caraíbas. Como resultado deste acordo, foi elaborado um primeiro relatório conjunto, intitulado “Multilatinas no novo normal“. Com a ajuda da inteligência artificial e através da análise de big data, foi realizada uma abordagem analítica e jornalística a fim de fotografar o ecossistema empresarial e contribuir para a tomada de decisões empresariais.
Para Alejandro Romero, Sócio e CEO Américas da LLYC, esta parceria estratégica será uma luz orientadora para muitas iniciativas: “Esta análise permite-nos, primeiro, dimensionar e entender o impacto da marca Multilatina nas Américas, e determinar a sua adaptabilidade e as suas apostas, para avaliar o seu impacto e a mudança das suas indústrias, e como os seus CEOs estão a fazer a diferença no mercado”.
Esta primeira entrega, baseada na análise de 7,3 milhões de mensagens de mais de 2 milhões de perfis durante o primeiro semestre do ano, mostra que os países da região não tinham planos de salvamento sólidos, como os Estados Unidos da América ou a Europa, após a crise derivada da pandemia. Apenas o Brasil consta entre os países que investiram a maior parte do PIB no combate aos seus efeitos. As multilatinas enfrentaram, portanto, desafios particulares como área mais vulnerável e com menor capacidade de resposta.
O estudo indica que a conversa sobre as multilatinas está concentrada principalmente no Brasil, México e Chile, e 63% da mesma gira à volta de 10 empresas, e por esta ordem: Petrobras, Nubank, Grupo Televisa, Grupo Bimbo, Natura, Bancolombia, Falabella, Cinépolis, Sigdo Koppers e Ambev. As multilatinas com maior protagonismo na conversa pertencem aos setores de “Energia” e “Alimentação e bebidas” e são responsáveis por quase uma em cada duas mensagens (48,4%), evidenciando, assim, áreas de oportunidade noutras indústrias para fomentar a conversa.
A dependência do mercado de raiz permanece alta, com 68% da conversa a ocorrer no seu país de origem. Além disso, os Estados Unidos aparecem frequentemente como o segundo mercado para várias multilatinas, pelo que, em geral, estas empresas tendem a procurar ou a encontrar posicionamento aí depois do seu país de origem.
Conclusões
Estes são os desafios e as oportunidades detetados para as multilatinas no “novo normal”:
– As empresas tendem a tornar-se mais flexíveis, e as multilatinas, por natureza, desenvolveram uma certa resistência às crises devido à vitalidade da região.
– O uso de big data está menos massificado na América Latina e, perante um contexto mais volátil e incerto do que a média, é mais valioso implementar modelos de previsão porque estes proporcionam uma maior vantagem competitiva.
– Em 2021, a conversa sobre as multilatinas concentra-se principalmente em 5 países: México, Brasil, Chile, Argentina e Colômbia.
– Tem havido uma concentração empresarial deste diálogo: 60% falam das 10 primeiras empresas que tiveram o maior impacto na opinião pública.
– A internacionalização do negócio das multilatinas não foi acompanhada de uma internacionalização narrativa, uma vez que, em média, 68% da conversa de uma multilatina tem lugar no seu mercado de origem.
– As novas tendências exigem uma infraestrutura digital mais sólida, mas as multilatinas têm um gap importante com os seus homólogos norte-americanos ou europeus para poder implementar muitas destas estratégias.
– O êxito das empresas que duplicaram a sua aposta durante a pandemia revela que existe um potencial de crescimento significativo para as multilatinas na região.
– A marca multilatina é um conceito que tem pouca utilização narrativa, mas tem grande potencial na região. Segundo as estratégias de identidade de marca, é possível o seu uso regional.