O ativismo do CEO como alavanca para a sustentabilidade

A evolução da sociedade tornou muitas pessoas mais conscientes de várias situações e factos com impacto na população em geral, bem como do papel que as empresas desempenham no contexto social. Encaramos hoje as empresas como participantes na sociedade que devem assumir uma posição em prol da cidadania. Por isso, muitos gestores de empresas começaram a envolver-se em atividades que permitem melhorar o bem-estar das pessoas e satisfazer as expetativas sociais, económicas e ambientais da comunidade. Daí nasce o relatório O ativismo do CEO como alavanca da sustentabilidade, uma colaboração entre a LLYC e a Forbes, que contém informações claras que demonstram o impacto positivo do ativismo dos CEOs para as suas empresas e para a sociedade em geral.

O relatório foi elaborado com base na análise dos perfis de 14 CEOs de diferentes setores empresariais na América Latina em 6 países e em diferentes setores de mercado. Os países em análise foram os seguintes: Peru, México, Argentina, Chile, Brasil e Colômbia.

Entre suas as principais conclusões, o estudo determina que, para ser adequado, o papel do CEO ativista tem de ter em conta três pontos importantes:

– O primeiro é ouvir e interpretar os debates relevantes dos cidadãos para compreender as suas necessidades e, dessa forma, exercer um ativismo que responda a essas exigências.

– Em segundo lugar está o poder de envolver os membros das suas organizações na mesma causa social pela qual se luta, o que será também uma forma de lograr um maior alcance da mensagem social do CEO.

– Em terceiro lugar está a criação de espaços de participação com a população, levando a que a causa social do CEO seja por ela conhecida. A opinião pública tem de conhecer a visão e as atividades do CEO em tempo real para permitir também a geração de melhores expectativas para a empresa e o reforço da legitimidade das suas ações.

O impacto na sociedade

As atividades que cada CEO ativista realiza terão sempre um resultado positivo se ocorrerem da forma adequada, e o seu impacto pode ser decisivo para o desenvolvimento da sua localidade. Esse é o caso de Luiza Helena Trajano, cujo ativismo a favor da igualdade de género, contra o racismo e em prol do bem-estar sociopolítico a tornou uma das CEOs mais importantes da América Latina.

O ativismo do CEO tem também de ser coerente com o que faz com os seus clientes e com as decisões que toma em matéria do desenvolvimento dos seus próprios projetos. É o caso de Carlos Hank González, presidente do Banco Financiero Banorte de México, que não só difunde o seu ativismo a favor do desenvolvimento sustentável e da “economia verde”, como também assegura que os seus clientes implementam mecanismos ou processos coerentes com essa visão que tem do negócio.

Os desafios do CEO ativista

O estudo faz também uma reflexão sobre os desafios que os CEOs enfrentam quando levam a cabo um ativismo eficiente e gerador de valor, tanto ao nível empresarial como social. A definição das estratégias é de importância vital para a sua comunicação, pois haverá cenários em que a maré poderá mudar repentinamente devido a problemas imprevistos. Desta forma, a antecipação desses problemas minorará o seu impacto negativo e o ativismo do CEO pode ser mais eficaz a favor da sociedade e da sua empresa.

Leia o relatório completo aqui.