LLYC antecipa como serão os futuros líderes de língua espanhola e portuguesa

O surgimento da COVID-19 evidenciou uma crise de liderança tradicional e acelerou a demanda da sociedade global por novos modelos de liderança. Para antecipar-se a esta evolução, a LLYC em colaboração com a Trivu, um ecossistema global que promove oportunidades para jovens talentos, apresentou o projeto Future Leaders, um estudo pioneiro (baseado na tecnologia NLP e Inteligência Artificial) para atender à nova geração de líderes abaixo dos 30 anos das línguas espanhola e portuguesa.

Assim, a partir de uma análise exaustiva da pegada digital discursiva (textos, publicações sociais, vídeos etc.), esta pesquisa esclarece as tendências e traços de personalidade dos Future Leaders e estabelece um contraste com as características dos líderes atuais. O sólido sentido de disciplina, a forte tendência para a ação, a firme orientação para a cooperação e o coletivo, ou uma liderança resiliente, positiva e emocional são algumas das dimensões que definem o perfil desta jovem geração e a distinguem dos líderes contemporâneos.

“Não há dúvida de que esse ambiente VUCA, acelerado pela pandemia, nos colocou diante da maior mudança de paradigma em termos de reputação e valor social das lideranças tradicionais. Para nos anteciparmos a essa transformação, conduzimos uma investigação disruptiva em torno do elemento mobilizador por excelência de um líder: sua comunicação. Com este projeto, buscamos um duplo objetivo: por um lado, oferecer uma visão da nova geração de líderes que, adaptando-se à situação atual, serão capazes de inspirar a sociedade do futuro; e, por outro lado, reunir uma seleção desses jovens que, em toda a sua diversidade, já estão dando passos para mudar o mundo”, explicou José Antonio Llorente, presidente da LLYC.

Por sua vez, Pablo González Ruiz de la Torre, Fundador e CEO da Trivu, acrescentou: “Num contexto de grande desemprego juvenil em tantos países, é fundamental descobrir quais são as tendências que marcam e marcarão o estilo de liderança que os jovens de hoje precisam enfrentar. No rescaldo da pandemia de COVID-19, vimos o futuro de uma geração inteira tornar-se tremendamente incerto. Por isso, mais do que nunca, precisamos gerar uma visão de futuro que conecte, ative e potencialize todo o talento da juventude de hoje para que tenha lugar amanhã. Este estudo é a prova de que com grandes desafios, maiores oportunidades e que face às trevas derrotistas, há esperança graças à atitude e energia dos mais jovens. O momento é aqui e agora.”

Uma geração de líderes mais emocionais, com vocação social e que recorrer constantemente para a “saúde”

O ‘retrato do robô’ gerado pelo modelo psicométrico deste estudo retrata os Future Leaders como uma comunidade que respeita o bem-estar dos outros, com a necessidade de transcender a si mesmo e priorizar o coletivo. Nessa linha, a análise morfossemântica confirma que esta geração possui um discurso muito mais voltado para os valores comunitários e sociais e ancorado na importância do team-play / jogo em equipe (substantivos como “Pessoas”, “Família”, “Amigos”, “Equipe” ou “Apoio” ou verbos como “Ajudar”, “Compartilhar” ou “Participar” são muito recorrentes em suas intervenções).

Também o uso dos adjetivos “Público”, “Climático” ou “Social” estão entre os mais usados pelos líderes mais jovens. De fato, o estudo aponta para como referências aos campos sociais como “Educação” ou “Saúde” são muito mais relevantes para os Future Leaders. A palavra “Saúde” não está presente entre os 50 conceitos aos quais os líderes tradicionais mais apelam (o termo “Quarentena” também aparece exclusivamente no top 50 dos substantivos usados pela geração mais jovem).

Em relação às qualidades de sua liderança, os Future Leaders se destacam por defender uma liderança altamente apaixonada e mais sensível. Especificamente, as técnicas de processamento linguístico indicam que o uso de palavras emocionais é 45% mais abundante na fala dos Future Leaders e que, em 78% das vezes, elas têm caráter positivo.

Nessa linha de pensamento, adjetivos como “Lindo”, “Incrível”, “Maravilhoso”, “Favorito”, “Positivo” ou “Bonito” não fazem apenas parte do top 50 dos mais comuns na nova geração de líderes; mas contrasta com a linguagem usada pelos líderes de hoje, que poderia ser descrita como mais fria e muito mais profissional e técnica. Por exemplo: os termos “Legislativo”, “Comercial”, “Logístico” ou “Econômico” são apenas parte do acervo dos líderes contemporâneos. São também os únicos que recorrentemente fazem alusão a conceitos como dinheiro (“Dólares”), corporações (“Empresa”) ou estruturas políticas tradicionais (“Campanha”, “Presidente”, “Município” ou “Deputado”).

A palavra “obrigado” e o “fazer” antes do “dizer”: a marca de uma generação

O relatório também conclui que, na sua função de líder, os mais jovens apresentam maior tendência à disciplina, maior sentido de dever e maior respeito pela ordem e rotinas. De fato, a análise verbal dos discursos das duas gerações mostra uma maior tendência à ação por parte dos Future Leaders. Assim, mostra que os mais novos utilizam o verbo «Fazer» (segundo verbo mais utilizado) com maior frequência do que o verbo «Dizer» (frequência invertida no caso da geração atual). Além disso, a nova geração apela com mais frequência para a ação de “Trabalhar” e palavras como “Alcançar”, “Criar” e “Gerar” são apenas parte do vocabulário dos Future Leaders.

Uma das diferenças mais marcantes entre as duas gerações é o uso da palavra “Obrigado”. Especificamente, a análise coloca esta expressão como a mais utilizada pelos Future Leaders; enquanto no caso dos líderes atuais, ela cai para a metade da tabela (posição 25). Isso reforça a ideia de que novos líderes estão mais bem posicionados no eixo indivíduo-comunidade.

Além disso, uma das facetas mais distintas dos Future Leaders é a sensibilidade para o externo, para o que transcende o ‘eu’ individual. A sua impressão discursiva mostra que os mais novos têm maior pré-disposição para compreender o que os rodeia e que atribuem maior importância à aprendizagem. Verbos como “Aprender”, “Encontrar”, “Saber”, “Pesquisar”, “Entender” ou “Ouvir” são muito mais comuns em suas intervenções públicas.

Dez Future Leaders na Espanha que estão mudando o mundo

A partir da definição do modelo de liderança transformacional, a LLYC e a Trivu desenvolveram uma lista que identifica 120 jovens de língua espanhola e portuguesa, chamados a ser os Future Leaders. Nascidos a partir de 1990 e oriundos de 12 países, reúnem referentes das mais diversas esferas de influência: desde a tecnologia, a medicina e o ambiente, às questões sociais, o empreendedorismo ou a gastronomia.

Na Espanha, os dez perfis de destaque foram Alejandra Acosta (Co-fundadora do Break The Silence), Álex Sicart (CEO e Co-fundador da Shasta), Antonio Espinosa de los Monteros Darnaude (Co-fundador e CEO da Auara), David Rodríguez (Criador da Fundação Pegasus), Elvira Sastre (escritora), Jan Carbonell (Co-fundador da Akademy.ai), Maitane Alonso (pesquisadora), María Laín (ativista ambiental), Mohamed Em Amrani (Presidente da Red de Convivencia de Roses) e Nerea Luis Mingueza (Co-fundadora da T3chfest). Para a sua seleção, foram considerados três critérios básicos: ter uma finalidade, seu potencial de mobilização e, por fim, sua capacidade de influenciar.

Conheça a lista completa dos Future Leaders aqui.

Uma investigação baseada em tecnologia disruptiva

A análise de personalidade e as técnicas de criação de perfil usadas neste estudo têm bases científicas sólidas. Especificamente, e com base na Trait Theory (Teoria dos Traços), LLYC e Trivu utilizaram o modelo Big Five de análise psicométrica. Além disso, durante a pesquisa, técnicas de NLP e Inteligência Artificial foram implementadas – o que tornou possível processar, entre outras, 1.017.391 palavras, 11.771 tweets ou 8.931 postagens no Instagram, ou 81 discursos completos no YouTube por líderes de todas as gerações de idiomas espanhol e português.

Sobre a Trivu

Trivu é o ecossistema global que promove oportunidades para conectar, ativar e capacitar talentos com uma atitude jovem para gerar um impacto real. Tudo isso acompanhando organizações públicas e privadas para resolver todos os desafios colocados por sua transformação digital e cultural. Uma organização que, depois de trabalhar com mais de 100 entidades em todo o mundo, tem um propósito claro: fazer do talento o motor da mudança.