63% das empresas listadas planejam mudar sua história patrimonial este ano

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63% das empresas dizem que mudarão sua história patrimonial este ano e precisarão atualizá-la com muito mais frequência no ambiente volátil que se avizinha. Uma boa administração e dividendos generosos são vistos como as alavancas preferidas e, portanto, uma grande parte das narrativas corporativas se concentrará nestas duas questões. Isto é o que emerge do relatório “À procura do interesse do investidor: chaves para tempos incertos”, preparado pela LLYC em colaboração com os CFOs da Círculo. Para este fim, foram pesquisados mais de cinqüenta executivos seniores -CFOs e chefes de Relações com Investidores- de empresas listadas na Espanha, Portugal e América Latina.

“As empresas listadas na Ibéria e na América Latina assumem que mais um ano de incerteza as espera em 2023. Primeiro houve a pandemia e agora o contexto derivado da guerra na Ucrânia.  Elas vivem em um cenário contra-estilístico no qual manter a atenção dos investidores se tornou um desafio. Para muitos CFOs e gerentes de Relações com Investidores, definir muito bem e atualizar quase em tempo real a história corporativa da empresa se tornará, ao longo deste ano, a fórmula mestre para despertar o interesse dos investidores”, diz Luis Guerricagoitia, Diretor Sênior de Comunicação Financeira da LLYC. 

O que preocupa os investidores

O aumento dos custos devido à inflação (36%), o impacto no endividamento devido ao aumento das taxas de juros (22%), as preocupações com o setor (21%) e a viabilidade do negócio (13%) são as principais preocupações que os investidores estão comunicando aos CFOs e aos Departamentos de Relações com Investidores, de acordo com a pesquisa. Neste contexto, os investidores se tornaram mais conservadores, como se os padrões de comportamento de mais fundos institucionais e grandes seguradoras prevalecessem agora. Neste sentido, a força e a recorrência da renda e a qualidade da classificação passaram a ser vistas como argumentos decisivos para atrair investidores. 

A liquidez é atualmente um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas listadas em bolsa. E embora à primeira vista possa parecer que este problema afeta apenas empresas menores, as empresas de médio porte também estão vendo como a seca está assolando as sessões de negociação. Em termos de estratégias específicas para mitigar esta situação, uma grande proporção dos entrevistados optou por contratos de liquidez, embora pareçam ser de pouca utilidade diante das restrições legais de negociação, com alguns optando por programas de recompra. Entretanto, cada vez mais empresas estão concentrando seus esforços em alcançar investidores de varejo, para os quais é necessário ter estratégias de comunicação para atraí-los e retê-los.

Em relação às questões de ESG, confirma-se que estas estão cada vez mais em alta na agenda dos investidores. Até 81% dos executivos dizem que no último ano receberam mais perguntas dos investidores sobre o desempenho dos ESG da empresa.

Outra conclusão da pesquisa é que os contatos com os mercados se intensificaram no ambiente atual: mais de 44% das empresas intensificaram sua atividade de Relações com Investidores.

Na busca para atrair o interesse dos investidores, um número crescente (embora ainda limitado) de empresas está procurando soluções tecnológicas para encontrar formatos e abordagens mais eficazes para atrair investidores. Cerca de 40% das empresas já utilizaram, em algum momento, plataformas para identificar e engajar novos investidores. Por outro lado, os road shows continuam a ser o clássico entre os clássicos do setor. Oitenta e cinco por cento das pesquisadas disseram que as organizam como de costume. Sete em cada dez organizaram um em 2022, e 31% deles organizaram cinco ou mais eventos sucessivos nesses doze meses. Em um novo desenvolvimento, três em cada dez estão agora organizando roadshows digitalmente.

Leia o estudo completo clicando aqui.